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Mostrando postagens de 2010

Carpe Diem

Adicionar legenda É incrível como a vida sempre insiste em nos surpreender. Às vezes surpresas boas que nos fazem pular e cantar e querer dormir só para chegar outro dia. Outras, tão ruins que nos fazem "perder o chão", tiram de nós a sensação de estar no controle. O fato, é que estamos vivos e isso já basta para que a vida nos apronte umas.  Nós somos criados para sermos fortes . Enquanto crianças, nossos pais estão lá para segurar e amparar e a criação tem sempre em foco preparar o filho para enfrentar o mundo. Mas nós nunca estaremos realmente preparados, não é? Mais cedo ou mais tarde, todos nós tivemos que aprender a lidar com a dor da decepção, da perda, da solidão.Um telefonema, um resultado de exame ou um descuido; Pequenas coisas que no momento errado, com a resposta errada, são mais do que suficiente para tirar o ar, o chão e a alegria de pessoas "fortes" que automaticamente procuram alguém para culpar. Deus? Eu mesmo? E nesse momento, a dor é tão ...

Tempo: Devorador das coisas ?

          Se criassem algum aparelho que controla o tempo, ele sem dúvidas entraria para o "hall dos aparelhos mais vendidos na história". Não só porque gostamos de coisas novas, mas principalmente pelo desejo de controlar o tempo e consequentemente a vida que, todos nós, seres mortais, temos uma vez ou outra.   Parar o tempo, rebobiná-lo ou até mesmo passá-lo para frente são truques que podem ser bastante úteis ao longo da vida. Temos pressa de crescer e completar a maior idade, de dirigir, de ser promovido, de casar (nesse momento, parar o tempo seria interessante), de repente vem os filhos, a idade passa e junto com ela a vontade de pausar, respirar e entender como tudo isso aconteceu.  É nessa hora que culpamos a "pessoa" errada. E, sempre quando nos perguntamos como e porque as coisas mudaram a resposta é sempre a mesma: "O tempo passou." Que o tempo passou é sempre evidente, mas será que esse é o problema?   Anos e anos se vão...

Conto Livre - Mundos

                           Cada pessoa é um mundo. E cada um faz o seu mundo exatamente como deseja: Colorido ou em preto e branco, cheio de pessoas ou solitário, barulhentos ou silenciosos. A tendência da grande maioria é ter mundos parecidos para que possam interagir entre si e em meio a mundos iguais, eu vivo no meu mundo onde contrariando todas as espectativas existe só eu e a música e ela, me acompanha em todos os lugares, em todo o tempo.   Entre os mundos lá fora, eu ouvi algo sobre individualidade e por mais que muitos não entendam é isso que eu vivo e até gosto de viver. Meu nome é Heitor. Descobi após notar que sempre que dizem essa palavra sinto minha individualidade sendo invadida por um cutucão vindo de outros garotos e que geralmente também usam palavras como esquisito e estranho para se referirem a mim. Mas eu não ligo e pra falar a verdade, nem presto atenção.  Não gosto que me toque...

Nostalgia

                                              Hoje, é minha última noite na casa em que cresci. Por isso, vou escrever sobre nostalgia. Crescer em um lugar não é como passar as férias ou alguns meses, são exatamente 16 anos, 192 meses e 5760 dias passados em sua maioria, em um mesmo lugar com as mesmas pessoas. Olho para os lados e parece que cada canto me conta uma história, como se cada canto tivesse o som das risadas que eu e meus irmãos dividimos aqui. A mancha no tapete e na mobília, o quebradinho na parede, e até a rua de terra fazem com que eu, com apenas 16 anos, diga que esse lugar é minha infância. Me lembro de quando ouvia as provocações e risadas de meu irmão mais velho: Léo. Sua risada escandalosa, sempre tão ciumento e cuidadoso, chegava tarde e fazia questão de me acordar bem cedo com o meu teclado. "DDDDJ" haha! E ele foi o primeiro a deixar isso pra...

Conto dramático - Angústia, silêncio, solidão.

                          Já marcavam 5:30 quando me dei conta de que estava sozinha; dei mais uma olhada para ter certeza e me deparei com o desespero da solidão. Respirei fundo e pronunciei bem baixinho o nome de meu marido, e naquele quarto escuro obtibe a pior das respostas: o silêncio. Vasculhei minha memória para tentar resgatar alguma lembrança de seus planos para aquela noite, mas para o meu desalento naão conseguia me lembrar de nada.  Me levantei para checar as crianças mas algo prendeu minha atenção: quando olhei para cama onde antes descansava - por mais que a escuridão tentasse me impedir - constatei que era uma cama de solteiro. Aquilo despertou em mim uma tristeza profunda e medo, muito medo. Dúvidas rondavam minha mente como: Por quê não conseguia me lembrar de nada? Será que ele favia me deixado?  Meu coração foi se apertando e lágr...

Happiness

Mais uma manhã fria começa no mundo dos sorrisos. Me levanto devagar, e começo minha busca diária por aquilo que me faz feliz. Essa é uma das nossas necessidades que não sabemos como suprir. Tenho pra mim que a maioria das pessoas é movida por idéias prontas que a elas são impostas e assim, tem em sua mente de que a felicidade se encontra nas coisas grandes. Querem ter dinheiro, se apaixonar, conhecer o mundo, ser o funcionário do mês ou até mesmo o melhor do ano, mas isso muitas vezes não é o que desperta sorrisos verdadeiros e puros de alguém que está realmente sendo feliz. A felicidade não deveria ser conceituada, porque cada um tem seu próprio e único momento onde a encontra e muitos ainda não descobriram onde ela se esconde. Para algumas pessoas ela mora nos detalhes da pessoa amada, no sorriso e voz daquela pessoa que só precisa existir para fazer a diferença em suas vidas, já para outros, ela se encontra nas palhaçadas acompanhadas por gargalhadas dos amigos e na paz e segura...

Narração livre - " Little angel"

 Tudo aconteceu em uma madrugada de sábado para domingo. Eu havia chegado um pouco atrasada para plantão e mal sabia que naquela noite algo mudaria pra mim. Eu era uma pessoa triste e orgulhosa e realmente precisava ser mudada.  Cheguei por volta da meia niote e fui correndo vestir as roupas, tudo estava um caos, um grande acidente envolvendo três carros havia acontecido e éramos o pronto-socorro mais próximo, por isso colocaram toda a equipe de cirurgiões a postos para receber as vítimas. Poucos segundos depois, aquele lugar parecia o inferno. O barulho de sirene era insuportavel e parecia nao acavabar mais, uma ambulância atrás da outra chegavam trazendo pessoas com a vida por um fio, e finalmente os gritos de dor e desespero anunciavam uma longa noite de luta entre a vida e a morte e tudo isso dependia de nós, humanos privados de qualquer emoção ou sentimentalismo para honrar a profissao: brincar de Deus e salvar vidas.  Fiquei com duas pacientes, uma mulher de 3...

"Deitar no teu abraço, retomar o pedaço que falta no meu coração...

O abraço marca o começo e o fim. Existem abraços que falam. Sim, eles falam. Quando estamos tristes, nele encontramos conforto; quando estamos alegres nele encontramos companheirismo, quando estamos cansados ele nos dá o descanso e quando estamos com medo ele trás segurança.  Mas a verdade mesmo é que o poder do abraço vai muito além disso. O abraço é sempre o mediador entre o bom e o ruim, entre a vontade e a realidade, ele nao abandona. Está presente nos momentos felizes, mas também sempre apareçe no caso de a tristeza chegar, ele está no começo do romance trazendo com ele uma série de sensações, uma pra cada momento: as borboletas no estomago quando ele aparece pela primeira vez, a felicidade pra quando ele mata a saudade e a sensação de segurança quando ele é bem forte. Mas se caso o romance acabar, é com ele que se despedem, e pra essas horas ele trás uma porção de consolo e esperança, pra amenizar um pouco da tristeza. Às vezes, o abraço fala mais que muitas palavras. Ele...

Último romance

A tragédia desse mundo é que ninguém é feliz, não importa se preso a uma época de sofrimento ou de felicidade. A tragédia deste mundo é que todos estão sozinhos. Pois uma vida no passado não pode ser partilhada com o presente , e não há nada que se pode fazer para que isso seja diferente. A luz do sol, em ângulos abertos, rompe uma janela no fim da tarde. De dentro uma mulher com cabelos molhados, deitada em um sofá, segura a mão de um homem que nunca mais verá novamente. Seu rosto demonstra um vazio intrigante, uma mistura de saudade com tristeza, de compreensão com amor. Para o homem era impossível decifrá-la, e era assim desde que se conheceram: “um grande enigma” era como ele a definia. A chuva caia forte e ele examinava sua mente para se lembrar como havia parado ali, naquela casa abandonada com aquela mulher que ele conhecera a poucos meses.Seus cabelos negros lhe traziam lembranças fortes de dias intensos, mas isso já não era importante, o importante é que a de...