Pular para o conteúdo principal
Quereres

-Eu quero você! - Ele gritou do outro lado da rua rua enquanto, apertando as mãos, sentia sua pulsação rápida como nunca.
Como não obteve resposta, apenas alguns olhares confusos e Um olhar que pedia por mais, atravessou a rua sem nem olhar para os lados. Estava frio, a previsão era de neve durante todo o dia, porém estavam os dois de pijama. Em casa, deixaram à mesa o cesto de pão, o jornal do dia e a faca que ainda cortava uma fatia de queijo fresco.
-Eu quero... Com tudo que vem junto. Quero você de bom humor e de tpm. Quero você sorrindo e chorando. Quero você com ou sem maquiagem, de cabelo liso ou crespo, de vestido ou de pijama. Quero as brigas, os beijos, os sapatos e os livros. Quero seu "Bom dia", seu "boa noite" e seu "Olá". Tudo, menos seu "Adeus". Quero dormir sentindo seu cheiro, acordar sentindo saudades e voltar pra casa contando os segundos. Quero sua mãe, seu pai e nossos filhos que ainda virão. Quero seu carinho, seu ciúme e a inveja de quem não consegue amar alguém assim. Quero viver com você todos os clichês que a gente já ouviu falar que é amor, e mais todas as outras coisas que a gente vai descobrir que é de verdade. Quero você, simplesmente você, sem mudar nada, nem a cor do cabelo. Quero construir nossa história e nela nunca por um fim. Andarmos juntos, de mãos dadas, em direção a algum lugar que nunca vai chegar. E se a gente cansar, podemos sentar a beira da estrada e conversar por dois anos ou três, pra recuperar as forças antes de ficarmos em pé de novo. Quero você viver comigo e ir comigo onde eu for, porque já dizia o outro: o que vale não é o lugar, e sim a companhia.

Comentários

  1. Priiima, quando é que você vai publicar um livro mesmo?
    Amei *-* / Isabella Aguiar

    ResponderExcluir
  2. Escreve tão bem que parece que estou vivendo só de ler,muito lindo Princesa *-*

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A Vida em metamorfose

- É a vida meu amigo, a vida em metamorfose. - Disse o homem alto que escondia todos os seus sentimentos - e dinheiro - por trás de uma muralha de terno e gravata. -Nem venha comparar com a transformação de uma borboleta, ou com o crescimento mental ou físico de alguém. A vida tem se metamorfoseado da forma mais triste possível. - Respondeu o homem mais velho, de pele enrugada e unhas sujas de terra. O chapéu de palha já lhe parecia uma segunda pele, seu companheiro fiel que o protegia do sol durante a colheita. - Como triste? Tudo que você precisa é prestar atenção às placas! Não pare! Fume! Corra! Viva! -Viva? - Perguntou de forma singela o homem do mato enquanto dava um sorriso cheio de rugas e cansado. Como? Essa pergunta causou uma certa inquietação no engravatado, que já batia os pés e olhava constantemente no relógio. Bufando, respondeu: - Oras, como... Como se deve viver! Trabalhar, ganhar dinheiro, viajar... Nesse momento o homem do mato mudou sua expressão, parecia...

Se decidirmos, nós sempre ficaremos com os amores de nossas vidas.

Meus amigos do facebook compartilharam aos montes um texto sobre como as vezes o amor de nossas vidas escapa pelos nossos dedos. Que me desculpem os fatalistas, mas não consigo participar desse grupo de pessoas que acredita que amor é essa loucura sobrenatural que nos tira da realidade. Não consigo crer que ele vai me trazer arrepios e que dentro dele as borboletas nunca vão deixar meu estômago. Não consigo ver amor na emoção a flor da pele, no toque eletrizante, na tremedeira da insegurança. Acredito que isso seja paixão. E paixão, meu bem, nunca colocou aliança no dedo de ninguém. Vivemos numa geração que minimiza e objetiva praticamente tudo que se possa comercializar. Fomos convencidos que de que somos o centro do mundo, de que nossa felicidade é a mais plena regra que deve reger o universo, que estamos vivos e isso é tudo. Desaprendemos a consertar as coisas, abraçamos de olhos fechados a obsolescência programada, enjoamos das coisas, das pessoas e dos sentimentos com a mesma ...

Hoje não

Normalmente eu só preciso de uma frase perfeita pra continuar um bom texto. Normalmente, não hoje. Hoje não é um dia normal. Normalmente eu gosto de falar sobre pessoas fictícias. Normalmente, não hoje.  Normalmente eu gosto simplesmente de falar. Falar e falar. Normalmente, hoje não. Mas o engraçado, é que todos os dias não tem sido dias normais. Tenho amado como nunca amei antes. Normalmente, escreveria sobre isso. Sobre ele. Os olhos dele, os lábios, sorriso, tudo dele. Se fosse eu mesma, escreveria sobre a tremedeira que seu olhar me dá. Escreveria sobre os arrepios e sorrisos que seus beijos causam. Normalmente, mas hoje não. Se fosse eu, abriria mão de estilos literários pra escrever sobre um grande amor. Finalmente, o meu amor. Mas não quero ser eu. Não quero fazer as coisas que eu normalmente faria. Hoje não. Hoje vou ser o seu amor. Hoje vou escrever pra você. Não importa quem você seja. Sinta-se em casa, sinta-se com o seu próprio amor. Sinta-se amado. Tenho aprendido...